Poluição visual e paisagem urbana: quem lucra com esse caos?
Ao percorrer a cidade do Salvador, nos deparamos com situações que, aparantemente, parecem ter um determinado significado, principalmente quanto à organização dos equipamentos no espaço e configuração da paisagem urbana.
Como
perceber essa paisagem, e transformá-la em lugar, se a sua leitura não é de
fácil compreensão?
Quem parece não ganhar nada com isso é a própria cidade. As taxas devidas ao poder público não têm a mesma expressividade. Esta situação reflete-se fortemente na imagem da cidade, e na qualidade ambiental urbana dos centros terciários. Poluição visual, dificuldade de orientação, dificuldade de deslocamento nas ruas e nas calçadas, por uso indevido das mesmas. Nestas áreas, de interesse para a cidade (para o turismo), as intervenções deveriam adotar um caráter orientador, com concentração maior nos aspectos de segurança e circulação no espaço público. Nas demais áreas, alguns critérios deveriam ser estabelecidos para que a publicidade fosse dirigida para as questões de identificação dos estabelecimentos. Logicamente, não podem ser esquecidos, todos os atores envolvidos neste processo, que são muito mais do que comerciantes e empresas que produzem e controlam a locação dos outdoors na cidade.
É necessário uma legislação orientadora, uma fiscalização eficiente e, principalmente uma conscientização dos varejistas de que este tipo de propaganda e de espaço varejista não contribui para a melhoria da rentabilidade do seu negócio. Isso pode ser um primeiro passo para a mudança da situação hoje existente nos espaços urbanos.
Postagem publicada pela aluna Aires Maria